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O dispêndio macroeconômico do governo conservador

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O dispêndio macroeconômico do governo conservador


Durante levante período eleitoral, tem havido muitas análises que analisam o desempenho da economia desde 2010 (o IFS cá por exemplo). Todos mostram que o Reino Uno teve um desempenho muito ruim. Mas até que ponto isso se deve a erros de política macroeconómica e até que ponto se deve a factores fora do controlo do governo? Tentarei responder a essa pergunta neste post e tentarei ser o mais conservador verosímil.

Vou inaugurar pela austeridade, porque é um operação que já fiz. A tábua inferior é retirado desta postagem.


A primeira traço vem de um estudo feita pelo OBR (Quadro E na página 27). O principal impacto negativo sobre o desenvolvimento ocorreu nos primeiros dois anos, quando o investimento público foi drasticamente reduzido, mas a prolongação da consolidação orçamental nos anos seguintes reduziu a procura agregada em montantes significativos. A questão principal é quão persistentes são esses impactos. Para ver o que significa persistência neste contexto, considere um exemplo hipotético.

Suponhamos que os cortes no investimento público em 2010 reduzam o PIB nesse ano em 1%. O investimento público permanece neste nível mais ordinário em 2011. Mantendo-se iguais todas as outras coisas, o PIB permanecerá 1% mais ordinário em 2011, ou outras componentes da procura aumentarão para substituir secção desse investimento público mais ordinário? Em circunstâncias normais, a resposta a essa questão seria a última, porque os bancos centrais reagiriam à redução do PIB cortando as taxas de renda, o que estimularia a despesa privada. Porém, durante todo o período sondado supra, as taxas de renda estiveram no seu limite subordinado, pelo que isto não poderia intercorrer. Mas outros factores (por exemplo, a Flexibilização Quantitativa) podem ter influenciado, até manifesto ponto, a procura privada.

Neste operação, assumi que o impacto da consolidação fiscal diminuía por um factor de 0,8 em cada ano. A terceira traço apresenta, portanto, o impacto da austeridade no nível do PIB em cada ano durante levante período. Por exemplo, o OBR estima que não houve consolidação fiscal em 2017/18, pelo que o impacto da austeridade passada no nível do PIB nesse ano é a redução do PIB em 2,1% x 0,8=1,7%. Em teoria, a austeridade teria tido qualquer impacto em seguida 2017/18, mas as taxas de renda começaram a subir no final de 2017, sugerindo que o Banco pensava que já não havia uma procura muito deficiente.

Porém, também é provável que o anterior período prolongado de procura deficiente tenha tido um impacto sobre a capacidade de oferta da economia do Reino Uno. EU examinei isso cá. O argumento é que o investimento na melhoria da produtividade foi perdido durante o período de austeridade e isso teve um impacto mais perdurável na produtividade e no stock de capital do Reino Uno. O problema cá é associar números a essa teoria. As estimativas empíricas às vezes podem ser muito grandes (por exemplo cá) e o estudo do FMI eu olhei cá é também consistente com o facto de a austeridade (consolidação orçamental numa recessão) ter impactos significativos a longo prazo no PIB. Mas quero que estas estimativas sejam conservadoras, por isso assumirei que a austeridade durante o período 2010-17 reduziu permanentemente o PIB em 1,5%.

O OBR estima que o Brexit acabará por reduzir o PIB do Reino Uno em 4%. No entanto, preciso de mais do que somente um impacto de longo prazo. O seguinte é fundamentado em um estudo NIESR de Kaya et al, e em privado a sua Tábua TF4. (Fiz algumas extrapolações para os anos iniciais.)

Impacto do Brexit no PIB

PIB

2016

2017

2018

2019

2020

2021

2022

2023

2024

%

-0,4

-0,6

-0,7

-0,8

-0,9

-1,2

-1,8

-2,5

-3,0

Mais uma vez, suspeito que esta seja uma estimativa bastante conservadora para o impacto subitâneo do Brexit, embora o seu impacto a longo prazo (de -5,7% para 2035) seja maior do que o número do OBR.

Também precisamos ampliar um pouco para a pandemia. O Reino Uno foi atingido de forma comparativamente dura em 2020, tanto em termos de mortes porquê de perda de PIB, embora outros países porquê a Itália tenham sido atingidos anteriormente. O governo de Johnson não só desperdiçou os primeiros meses de 2020 com a teoria de “isenção de rebanho”, mas também esperou muito tempo para introduzir confinamentos, o que significa que quando esses confinamentos inevitavelmente ocorreram, foram mais severos e prolongados, dando um impacto mais sustentado. ao PIB. O PIB do Reino Uno caiu mais de 10% em 2020, em confrontação com pouco mais de 6% na extensão do euro. Penso que é justo qualificar isto porquê um erro parcimonioso, porque a razão apresentada pelo governo para prorrogar os confinamentos foi para proteger a economia, quando na verdade estava a fazer o oposto.

O terceiro e último confinamento estendeu-se até 2021. Outrossim, o fracasso do governo em dar ao NHS os recursos necessários para reduzir as listas de espera em seguida a pandemia, juntamente com a redução ordenado do financiamento da saúde que o precedeu, começou a ter um impacto macroeconómico simples. impacto durante a dezena de 2020. Enquanto

a participação da força de trabalho regressou à tendência pré-pandemia na maioria dos outros paísesisso não aconteceu no Reino Uno, e uma secção significativa disso deveu-se a problemas de saúde.


A tábua inferior reúne esses três elementos.

Uma estimativa conservadora do dispêndio parcimonioso do governo conservador, % PIB

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

Austeridade

0,8

2,0

2.2

2,5

2.3

2.3

2.1

1.7

1,5

1,5

1,5

1,5

1,5

1,5

1,5

Brexit

0,4

0,6

0,7

0,8

0,9

1.2

1,8

2,5

3,0

Covid

5,0

1,0

0,5

0,5

0,5

Totalidade

0,8

2,0

2.2

2,5

2.3

2.3

2,5

2.3

2.2

2.3

7.4

3.7

3.8

4,5

5,0

De 2011 a 2019, as famílias eram mais de 2% mais pobres, principalmente porquê resultado da austeridade, mas com acréscimos do Brexit em seguida o referendo. Em 2024, esse número aumentou para 5% mais pobre, principalmente por desculpa do Brexit. Isto significa que o confederado familiar médio estava a perder mais de 4 000 £ em recursos (consumo público e privado mais investimento (1)) em 2024 porquê resultado direto de decisões governamentais. Os conservadores sabor de amontoar essas coisasportanto, a soma das perdas ao longo de todos os quinze anos resulta (nos preços de hoje) numa enorme perda de recursos de £35.000 para o confederado familiar médio.

Existe alguma forma de confrontar estes números com o desempenho real do Reino Uno, seja em confrontação com a história ou com outros países? Confrontar o desenvolvimento do PIB per capita com uma traço de tendência de desenvolvimento baseada em dados do pós-guerra daria uma vazio muito maior, mas essa confrontação é enganadora porque havia sinais de que o desenvolvimento do Reino Uno estava a acalmar antes da crise financeira, e isto enquadra-se numa redução gradual da desenvolvimento subjacente noutros países. Infelizmente, todas as principais economias, além da China, adotaram medidas de austeridade a partir de 2010, pelo que as comparações internacionais pouco ajudam cá.

No entanto, John Springford comparou o desenvolvimento no Reino Uno desde 2016 com um sósia fundamentado em ooutros países, e ele estima que o Reino Uno cresceu 5% menos do que estes outros países sugerem que deveria. Se combinarmos a minha estimativa para 2024 para o Brexit e a saúde pós-pandemia, obtemos 3,5%, o que dadas as incertezas envolvidas é consistente com a estudo de Springford.

Um governo do Reino Uno que aprova políticas que reduzem o PIB em murado de 2% durante o seu procuração é bastante incomum. Reduzi-lo em 5% é insólito, mas desde a Segunda Guerra Mundial não tivemos um governo que cortasse a despesa pública numa recessão, quando as taxas de renda estavam próximas de zero, ou um governo que levantasse deliberadamente barreiras comerciais com o nosso maior mercado.

A forma porquê esses números são construídos parece ser a consequência de três erros graves, mas acho que é mais profundo do que isso. O que liga todos eles é a incompetência económica crassa. Em cada caso, a especialização foi ignorada porque não se enquadrava nos objectivos ideológicos ou políticos. Uma vez que já disse algumas vezes, os erros cometidos pelos políticos porque seguiram o consenso dos especialistas são compreensíveis e, até manifesto ponto, perdoáveis, mas os erros cometidos porque os políticos ignoram o consenso dos especialistas têm de ser assumidos por esses políticos.

Esta propensão dos governos conservadores para ignorarem o consenso parcimonioso e, porquê resultado, cometerem erros muito dispendiosos, não é exclusiva deste período, pois minha recente discussão sobre monetarismo mostrou. O que é realmente alarmante é a incapacidade de aprender com esses erros, ou mesmo de reconhecê-los porquê erros. Esta não é somente a relutância procedente dos políticos em permitir o erro, mas é muito mais profunda. Os Conservadores criaram, através da prensa de direita, da pressão sobre a BBC, de grupos de reflexão e de doadores ricos, uma verdade escolha para eles próprios, onde os desastres são vistos porquê triunfos que nunca serão questionados. É por isso que nestas eleições estão a promover reduções de impostos, apesar dos serviços públicos paralisados, recusando-se a reconhecer os custos do Brexit e onde mesmo os atrasos nos confinamentos pandémicos são vistos porquê um erro.

Uma vez que resultado, tal porquê as coisas estão, qualquer horizonte governo conservador provavelmente continuará a cometer erros graves de política económica que custarão à maioria das famílias do Reino Uno uma quantia sucoso em perda de rendimentos e recursos.

(1) A teoria de recursos familiares (PIB dividido pelo número de famílias) é menos familiar do que, digamos, o rendimento familiar, mas na minha opinião é uma medida melhor do bem-estar subjacente. Inclui, por exemplo, serviços públicos porquê o SNS, o que o rendimento familiar não inclui. É simples que é somente o equivalente doméstico ao PIB per capita.



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